A Isabel dedicou grande parte da sua juventude ao trabalho com crianças, por isso, hoje assume com naturalidade a direção dos Radicais, um projeto dedicado às crianças que frequentam A Casa da Cidade. Durante 22 anos colaborou com o Desafio Jovem, ao lado do João. Para a Isabel a igreja não pode ser Igreja sem que haja partilha e envolvimento. Diz-nos que “para conhecer é preciso chegar perto” e que, para isso, é importante que cada um “provoque relacionamentos”, criando oportunidades para alcançar outros. A propósito, uma das suas preocupações é que a igreja veja a sua ação limitada por noções exclusivistas sobre a inclusão. Aqui convida-nos a refletir sobre o risco de discriminação invertida em relação às camadas mais favorecidas da nossa sociedade, e o possível isolamento das pessoas consideradas bem-sucedidas. A Isabel acredita genuinamente que o sentimento desta Comunidade seja o de acolher todos sem exceções. No entanto, entende que esta só será uma prática possível, se compreendermos que a desgraça e as fragilidades do Ser Humano são mais profundas e muito mais complexas do que a frustração das suas ambições materiais. Só conseguimos acolher e servir todos quando descobrimos que (afinal) o sucesso não supre todas as necessidades do Homem.