EU SOU O PÃO DA VIDA
“Eu sou o pão da vida; o que vem a mim jamais terá fome… Eu sou o pão vivo que desceu do céu; se alguém dele comer, viverá eternamente; e o pão que eu darei pela vida do mundo é a minha carne.”
João 6.35, 51
DIA 28
O pão à mesa, algo tão primordial, cumpre verdadeiramente o seu propósito quando nutre e é partilhado com afeto. Por oposição, a necessidade de pão evoca-nos a insuficiência e a uma vida depauperada, onde alma e corpo comungam de algum tipo de fragilidade. Todos somos intimamente chamados a sentir ou a presenciar uma pobreza, que nos ensina acerca do acolhimento do Pai: a fome, a insuficiência, a finitude e as mais diversas fragilidades anseiam por saciedade eternal. Porque o pão não é simplesmente um sinal da Sua vontade de nos alimentar provisoriamente, Jesus inclina-Se para nós e, sem imposição, convida-nos a experimentar esse acolhimento, com profundo compromisso de ambas as partes – a dependência do faminto e a entrega perfeita do alimento.
Podem ser muitos os motivos pelos quais o nosso ser está desnutrido e disperso, e mais diversas ainda as formas através das quais tentamos compensar os momentos de vazio e angústia, mas este serviço de mesa não se esgota. É diário, vive em nós e é feito de Graça.
Inês Pires