É o Deus dos cristãos, que aquando a calamidade em Pedrogão – que matou 64 pessoas e fez cerca de 250 feridos – se apressaram em afirmar que foi julgamento divino? É o Deus de Adélio Bispo de Oliveira, quando este afirma ter esfaqueado o candidatado a Presidência da República, Jair Bolsonaro, “a mando de Deus”? Ou será o Deus de Trump, que tem de se adequar, apequenar, à nova ideologia da ‘America first’, que reivindica aos Estados Unidos a tarefa de “povo escolhido”, e que advoga uma política de “tolerância zero” para os imigrantes, construindo muros e separando os filhos dos pais, fundamentado nas Escrituras e em nome do Deus Americano? Ou será, ainda, um amuleto para os fracos, como condenou Nietzsche? É o Deus dos fariseus, dos puritanos, dos moralistas-legalistas, que se julgam superiores quanto aos demais, que olham sobranceiramente para aqueles a quem falta a performance religiosa? Particularmente, desses deuses abjuro. Sou ateu. Não creio neles. Não é esse o Aba que Jesus revelou e me convida a crer”.
(extraído da mensagem “Viver É Ser Amado” por Ricardo Martins)